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O Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas do Médio Tejo (PIAAC-MT), promovido pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, visa promover a integração da adaptação às alterações climáticas no planeamento intermunicipal e municipal e, dessa forma, criar uma cultura de adaptação transversal aos vários setores e atores, reforçando a resiliência territorial e preparando esta comunidade para os significativos desafios que as mudanças do clima estão/irão criar.
Os impactes das alterações climáticas podem vir a afetar a globalidade das sociedades e dos setores, tanto a nível mundial como local. Por esse facto, nos últimos anos a redução da vulnerabilidade às alterações climáticas tornou-se uma das prioridades das políticas públicas, nomeadamente no espaço europeu onde estas ameaças são uma ameaça à coesão social e territorial.
A resposta ao problema das mudanças climáticas estrutura-se em dois caminhos distintos, mas que devem ser vistos como complementares. Por um lado, a redução das emissões dos Gases com Efeito de Estufa (GEE), por outro, a preparação das sociedades e dos territórios para lidarem com a mudança do clima. A adaptação constitui a segunda linha de intervenção e consiste num processo pelo qual os indivíduos, as comunidades e os países procuram relacionar-se com as consequências das alterações climáticas, incluindo a sua variabilidade, com vista a minimizar danos e a explorar as oportunidades benéficas (IPCC, 2014).
Este processo não é propriamente uma novidade. Ao longo da história, as pessoas e as atividades adaptaram-se regularmente às mudanças das condições e dos contextos onde viviam ou atuavam, incluindo as mudanças climáticas naturais de longo prazo. O que é novo, é o facto de as mudanças estarem a ocorrer num intervalo de tempo relativamente curto e as sociedades, em resposta a esse acontecimento, procurarem incorporar o risco climático futuro na formulação de políticas.
O PIAAC-MT é por isso um instrumento fundamental para preparar a comunidade do Médio Tejo, bem como os seus atores estratégicos (públicos e privados) para o caminho adaptativo que é necessário iniciar, começando pela adaptação à variabilidade climática de curto prazo e aos eventos extremos que já afetam este território com consequências muito severas, com vista a reduzir a vulnerabilidade às mudanças climáticas de longo prazo.
Em síntese, o PIAAC-MT visa reduzir a vulnerabilidade climática na região do Médio Tejo e promover a adaptação, nomeadamente:
– Identificando as vulnerabilidades atuais e futuras;
– Definindo e priorizando as opções e as medidas de adaptação;
– Identificando os meios e as ações necessárias à adaptação;
– Definindo as medidas para a integração da adaptação nas políticas setoriais;
– Estabelecendo o processo de monitorização continuada do Plano;
– Sensibilizando os diversos atores para a necessidade de promover a adaptação.